"Mudasti" no Dicionário da Língua Portuguesa? Alguém me indica o caminho para um país de gente inteligente, por favor?


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Antes de mais nada, dou-vos a hiperligação para o Movimento em questão: Movimento "Mudasti no Dicionário".
Uma vez que tenho um desabafo do tamanho do planeta para fazer, até vou enumerar cada um dos pequenos "Ai Jesus" que eu suspirei enquanto andava a explorar o site:
  • Começando pela definição de "mudasti", que é, no mínimo, atroz e demasiado específica para um verbo. Ah, e falta também a indicação de que É um verbo, pois a definição proposta indica uma tradução (mais um motivo para não constar no Dicionário da Língua Portuguesa) e logo a seguir, após um ponto, diz apenas "Imperativo, 2ª pessoa do singular". Imperativo quê?
  • Em seguida, os votos: numa iluminação que deu à Nestlé, ofereceram duas hipóteses de voto: "Sim", e "Sim, claro". Será que estas pessoas também acham que o "Não" também não deve constar no Dicionário da Língua Portuguesa?
  • O manifesto diz que a palavra "Exaurir" é insignificante e que tem um sentido imperceptível. Estas coisas deixam-me exaurido.
  • O site apresenta uma secção chamada "Lixionário", onde os visitantes têm a oportunidade de indicar uma palavra no Dicionário da Língua Portuguesa que achem que deva ser excluída do mesmo, e dando uma, e passo a citar, "Justificação Original". Palavras como "Abeirar" (justificação: "Mas que é isto ?! Estamos na aldeia a falar pás velhas é?! Era muito mais simples dizer a palavra "aproximar"...right??"), "Macaco" ("eles sao horriveis eu acho que a palavra macaco nunca devia ter aparecido no dicionario e todas as pessoas sabem oque e um macaco") e "Xenofobia" (com acento no "O" e com a Justificação Original de que "como é que sabemos se somos de cá ou de lá, se de lá para cá andavam os nossos antepassados a mostrarem-se, assim, nómadas.) são algumas das palavras escolhidas pelos nossos geniais compatriotas.
  • A Nestlé está a oferecer, em várias promoções e concursos, DVDs grátis com o Dicionário da Língua Portuguesa em concordância com o Novo Acordo Ortográfico.
  • Na secção de Estatísticas do site do Movimento, existem duas janelas curiosas: uma delas indica um gráfico circular com as duas respostas possíveis ("Sim" e "Sim, Claro") numa espécie de luta renhida (como naqueles episódios do Dragonball em que o Songoku mandava um Kamehameha e o vilão mandava um raio qualquer, e eles depois uniam-se e levavam 15 episódios a empurrar-se um ao outro até atingirem o emissor), algo que é obviamente uma animação flash a mostrar sempre a mesma coisa. A outra janela é um contador de votos que indica 10 000 000 votos (um para cada português) com um asterisco que remete para a frase "Quem cala consente" (se houvesse no site uma secção de comentários, seria giro vê-los a decrescer os 10 000 000 para 9 999 000, pois imagino que muita gente iria falar).
  • O site tem ainda uma hiperligação para uma petição online para a introdução da palavra no Dicionário da Língua Portuguesa. A petição, neste momento, vai nas 645 assinaturas, e está online num servidor e site não portugueses. Haja Patriotismo.


Por falar em assinaturas, agora apresento o seguinte site: Anti-Movimento "Mudasti" no Dicionário.
Este site apresenta muitos outros argumentos válidos como os que apresentei, e remete também para uma petição contra a palavra "Mudasti" no Dicionário da Língua Portuguesa, ironicamente, num site português e com 2318 assinaturas.

É caso para dizer: palavras para quê?

Crítica: "A Origem" [10/10]


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É engraçado: quando quero escrever uma crítica logo após ver um filme, não consigo. "A Origem" teve que assentar muito confortavelmente na minha cabeça para me poder expressar aqui.

Acontece que "A Origem" é sem dúvida o filme do ano. Venham "Harry Potter" e "Crepúsculo" e sentem-se a um canto. Christopher Nolan volta a confundir-nos, apenas dois anos depois de "O Cavaleiro das Trevas" e dez anos depois de "Memento", outro filme que ficou para a História como sendo a coisinha confusa que mais sentido faz que alguma vez agraciou os nossos cinemas.

Argumento:
Provavelmente o ponto mais forte de todo o filme: um grupo de ladrões de sonhos é pago a peso de ouro para plantarem uma ideia nos sonhos do único herdeiro de uma das mais ricas corporações do mundo. Isto é a base da história e é tudo o que é possível explicar sem me baralhar todo com a história. O enredo aborda variados temas, desde questões relacionadas com a realidade, passando pelo suicídio, o envelhecimento, a natureza da mente humana, entre muitos outros, mas todos eles muito bem entrelaçados com a história principal.
O único problema com que nos deparamos é, muitas vezes, na dificuldade que se possa ter a acompanhar o enredo, pois Nolan dá-nos pouca margem de manobra para nos familiarizarmos com os vários detalhes e informações que são cruciais para a nossa compreensão da história: "empurrões", totens, níveis de sonho, paradoxos, limbos, agentes... não é um filme para se ver agarrado ao telemóvel e a mandar mensagens (como 75% dos jovens da nossa geração), pois todos os detalhes importam. Mas no final, a nossa atenção e concentração são bem recompensadas.

Realização
Nolan brilha aqui, e ali, e em todo o lado. Nem uma única vez que olhei ao telemóvel para ver o tempo que faltava para acabar, pois o filme não faz cerimónias e puxa-nos logo de início. A partir dos 40 minutos de filme, os restantes 100 são uma corrida desenfreada na qual os nossos sentidos e compreensão são esticados ao máximo, numa tentativa de captar todos os detalhes e pormenores. Por várias vezes dei comigo ainda a interiorizar um conceito, e já a cena tinha mudado e os nossos anti-heróis estavam a ser atacados. Este filme é, sem dúvida, um atentado ao nosso cérebro.

Elenco
de luxo. Leonardo DiCaprio no papel principal de ladrão com remorsos, muito convincente; Ellen Page no papel de virgem no mundo dos sonhos, extremamente cativante; Marion Cotillard no papel de morta, excelente no mesmo (apesar de odiar o sotaque dela); Joseph Gordon-Levitt no papel de espertalhão, intrigante e a merecer mais tempo de antena; Tom Hardy como mímico, inteligente e bem-conseguido; Ken Watanabe no papel do contratante, a surpreender; e Cillian Murphy como vítima, o que é algo inovador.
Nolan conseguiu reunir uma série de actores e actrizes que, juntos, formam uma das equipas mais interessantes de se ver no ecrã, as suas forças e fraquezas complementando-se mutuamente.
Facto: Christopher Nolan coloca, pela terceira vez, um saco na cabeça de Cillian Murphy. Oh senhor, acha que aqueles olhos são para se esconder???

Música
Boa o suficiente para não distrair, mas desempenha um papel importante. A música "Rien de Rien" de Édith Piaf, nomeadamente, é um elemento crucial da história, e é ouvida várias vezes ao longo do filme (e também nos trailers: todos aqueles sons fortes e perturbadores que ouvimos ao longo dos trailers (e também no filme) são, simplesmente, partes da música de Piaf reproduzida a uma baixa velocidade: ver link).
Fora de Piaf, a banda sonora é interessante, com Hans Zimmer a cumprir o seu papel de excelente compositor ("Anjos e Demónios", "Piratas das Caraíbas", "Madagáscar", "O Último Samurai"...).

Conclusão
"A Origem" é um filme forte, chocante, confuso, rápido, inquisitivo, violento, sádico, confuso, confuso e um pouco mais confuso. Adorei e recomendo. A ver... com atenção. E quando o virem... falaremos.

Contos de fadas?


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Hoje tive uma espécie de pensamento: que raio de histórias infantis é que andamos a contar às crianças?

Cinderella
A enteada de uma viúva é escravizada e mal alimentada, até que chega uma outra chanada que transforma ratos em cavalos e uma abóbora numa carruagem que vai levar a pobre criatura a um baile dado em honra do príncipe do reino. O pack também inclui um vestido bonito para a esfomeada levar. No baile, ela faz furor (quem não ficaria a olhar para uma anoréctica com um vestido branco pendurado as omoplatas?) e o príncipe apaixona-se por ela (really?). À meia-noite, ela foge do baile por causa da magia da chanada 2, e deixa para trás um sapato de cristal (plothole: como é que todos os conteúdos do pack mágico desaparecem mas o sapato fica para trás?). O príncipe corre todas as casas do reino em busca daquela a quem o sapato serve (mas deve saltar várias casas, porque duvido que só uma pessoa no reino inteiro calce aquele número), e quando a encontra, casa com ela e vivem felizes para sempre.
Moral da história: façam a lida da casa e passem fome, meninas, porque quem sabe se um dia o Serviço de Protecção de Menores não vos vem salvar e sustentar-vos.

Capuchinho Vermelho
Uma criança que leva bolinhos à avó doente consegue confundi-la com o lobo que a comeu. É comida, depois vem um caçador e abre a barriga ao lobo, e saem as duas incólumes de lá de dentro (a avó deve ter ficado com o pé preso no apêndice e bloqueou a passagem, senão o lobo tinha morrido de forma bem mais desagradável).
Moral da história: sempre que algum amigo vosso engolir um brinquedo por acidente, a solução é sempre esventrá-lo.

Branca de Neve e os Sete Anões
Uma princesa foge de uma bruxa para uma floresta onde se refugia na casa de sete homens que sofrem de nanismo. Limpa a casa com a ajuda de animais, abre a porta à bruxa disfarçada, come uma maçã envenenada, adormece que nem uma estúpida e leva um chocho do verdadeiro amor, despertando e vivendo feliz para sempre.
Moral da história: sempre que fugirem de casa, procurem não incomodar pessoas cujas vidas já estão suficientemente preenchidas, e evitem comprar frutos às ciganas que batem à porta.

Bela Adormecida
Uma jovem que adormece após picar o dedo numa roca amaldiçoada (really?) e que só pode acordar com o chocho do verdadeiro amor é colocada no topo de uma torre de um castelo rodeado de espinhos e guardado por um dragão. O príncipe encantado empala o dragão, os espinhos desaparecem e ele lá salva a cachopa.
Moral da história: vale sempre a pena matar um lagarto gigante e atravessar uma selva de espinhos se isso significar sexo logo à noite.

Hansel e Gretel
Dois putos perdem-se numa floresta após o rasto de migalhas que estavam a usar para saber o caminho ser comido por pássaros. Encontram uma casa feita de doces, e lá dentro uma bruxa com o objectivo de os assar e comer. Eles empurram a velha para dentro do forno e fogem. Como encontram o caminho de volta, escapa-me completamente.
Moral da história: quando virem a vossa avó abrir o forno, desconfiem. Por precaução, não se esqueçam do empurrãozinho.

A Pequena Sereia
Um peixe humanóide troca a voz por um corpo mais humano, de maneira a poder aproximar-se de um homem. A bruxa que fez a troca engana a criatura, mas no final o bem prevalece. E o belo par de pernas.
Moral da história: pensem bem antes de trocarem a vossa colecção de CDs dos Tokio Hotel em troca de um bilhete para um país longínquo só porque viram um gajo bom nas notícias.

Os Três Porquinhos
Epá, a sério. Três casas, uma de palha, outra de madeira, outra de tijolos. Um peludo protagonista dos Heroes com super-sopro destrói as duas primeiras mas não a terceira. Tenta dar uma de Pai Natal mas queima o traseiro na lareira. Sai a voar pela chaminé, demonstrando que o seu poder não se limita apenas a uma das pontas do seu corpo.
Moral da história: devemos ter pena das pessoas que vivem em favelas, porque não estão devidamente protegidas contra lobos geneticamente modificados.

Peter Pan
Um gajo que não cresce nem física nem mentalmente leva três crianças a voar até uma terra encantada com sereias, piratas, índios, e outras crianças que vestem peles inteiras de animais. As crianças escapam dos piratas e voltam para casa, trocando a imortalidade por uma vida normal. Moral da história: a menos que aprendas a voar, vais morrer.

A sério?

Crítica: "A Saga Twilight: Eclipse" [6/10]


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Ora cá estou eu de volta com mais uma review, sendo que a última que escrevi foi sobre o "Cavaleiro das Trevas". Desta vez, o filme do qual falo não é tão brilhante como a obra de Christopher Nolan.

Começo por dizer que "Eclipse" tem um nome bastante apropriado: com tanta acção e tanto momentum para um final bombástico, os restantes 90 minutos de filme tornam-se um pouco enfadonhos. Remeto também para outras críticas deste filme, que dizem, qual descoberta da pólvora, que este é o filme da saga com mais acção: é uma conclusão tão óbvia como encherem três copos com água, meterem uma pedra de gelo num deles e dizerem "Ah, este tem mais gelo".

Vou então decantar o filme em várias secções:

Elenco
Honestamente, mais do mesmo. Continuo a achar que o Billy Burke no papel de "Charlie" é o melhor actor em cena: as pausas e as caras que faz cada vez que está na presença de "Edward" são hilariantes, e note-se que é dos poucos personagens humanos.
Robert Pattinson continua frio e horrendo (a sério, apara as sobrancelhas e ficas três vezes mais sexy), e a sua representação de um vampiro com 109 anos de idade é digna de um Razzie: nunca vi ninguém com tão poucas expressões faciais como este tipo. Um dia gostava de ver se ele mantinha a expressão impávida e serena enquanto lhe metiam um saca-rolhas pelo rabo acima. Talvez desentupisse, finalmente.
Kristen Stewart tem vindo a melhorar a cada filme que passa: no primeiro filme era um Pattinson feminino, no segundo filme já está mais humana e mais expressiva (pois então, o dentuço deixa-a e ela fica deprimida durante 4 meses a usar o mesmo pijama até que chega o Lobo Mau), e neste terceiro nota-se o esforço que Stewart tem feito para calar as críticas, pois do elenco principal ela sempre foi a mais bombardeada pela falta de jeito para representar. Em "Eclipse", já não parece tão atrofiada e tão passiva, mas o argumento também não ajuda.
Noutras presenças interessantes em cena, Sarah Clarke no papel de "Renée" cativa a audiência e rouba toda a presença de Stewart na única cena que partilham, Anna Kendrick ("Jessica") continua uma personagem fascinantemente adolescente, Ashley Greene continua fantástica no difícil papel de "Alice", e sim, o Taylor Lautner é giro, já percebemos.

Argumento
A maior falha desta produção, na minha opinião. "Eclipse" é um livro difícil de adaptar, pois é bastante lento nos primeiros 80% da história, nos quais mergulha bem fundo na complexa relação entre Edward, Bella e Jacob. O filme bem tenta adaptar fielmente o material de origem, mas sai tudo com um cheiro a novela resumida que afecta bastante o seu pacing. Para além disso, o diálogo é horrendo ("Crepúsculo" tinha três vezes mais comédia e "Eclipse" tem mais 30 minutos de duração) e não se sentiu no ar tanta pressão e tanta insegurança como se faz sentir no livro. E não me venham com coisas de "é difícil adaptar esses sentimentos num filme", porque "Crepúsculo" fê-lo com bastante sucesso. Acho que a Melissa Rosenberg está a descuidar-se bastante na escrita do guião.

Música
Bem... podia ter sido melhor. Deixo-vos algo em que pensar: se uma banda sonora é má, as cenas ficam estragadas. Se uma banda sonora é boa, as cenas ficam melhores. Neste caso, achei a banda sonora quase tão sem-sal como as cenas, portanto considero-a apropriada para o filme.

Realização
Confesso que estava à espera de melhor vindo do David Slade, realizador de "30 Dias de Escuridão". Não me parece que ele estivesse muito inspirado para trabalhar com este tipo de material, logo ele que antes de ser contratado fartou-se de falar mal da saga (e depois, claro, desculpou-se com um "estratégias de marketing" que até hoje me deixa indisposto). Mas uma coisa confesso: bons ângulos de câmara. Certas cenas estão muito bem filmadas, e nota-se também o esforço dos efeitos especiais, principalmente nos lobisomens (quando estão transformados, ok?). Para além disso, não noto muita diferença para com os filmes anteriores.

Conclusão:
"Eclipse" é um filme para ver a acompanhar com pipocas, pois são 124 minutos de mortos a passear pelo ecrã perdidos de amores com mortais e cães à mistura, quase todos a fingir que sabem representar, e um pacing tão desequilibrado que nem os altos valores de produção o conseguem corrigir. Daí as pipocas: caso o filme aborreça, façam como eu, agarrem numa pipoca e procurem a silhueta de um animal. Quando a encontrarem, voltem a olhar para o filme e prometo-vos que não perderam nada de especial. Excepto o "Charlie".

Olha, outro hiato!


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Epá, uma pessoa descuida-se e quando dá por si, não escreve há três semanas aqui! Incrível...

Bem, pouco há para contar: vi dois filmes que nunca tinha visto (queria ter postado as minhas críticas, mas na altura deu-me preguiça... talvez o faça esta semana), sendo que um foi o "Eclipse" (6/10) e o outro foi o "I Love You Phillip Morris" (9/10). Para além disso, li uma fanfic completa de Harry Potter (eu odeio fanfics, mas aconselharam-me esta e está brilhantemente escrita, peçam o link se estiverem interessados), continuei a escrever o meu projecto (estou mesmo contente com isto!) e o trabalho continua.

E por falar em trabalhos, a crónica "Na Caixa" vai continuar, pelo menos até acabar o contrato, claro. E o Desafio 20/20 também, mas a minha falta de paciência neste últimos dias (plenamente justificada pelo calor e pessoas parvas) impede-me de me debruçar sobre ambos e continuar estes projectos.

E reparei que a minha escrita hoje está assim um pouco para o sem-sal, não há cá piadas nenhumas sobre corta-unhas a energia solar nem nada semelhante. Enfim... deve ser do calor. Ou das pessoas parvas.

Desafio 04/20 - Uma música que me põe triste...


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Esta parte do desafio é parva, porque eu não quero pensar e muito menos ouvir uma música que me põe triste, mas pronto... existem várias músicas que poderia escolher para esta parte, mas vou escolher uma de Nightwish, porque, honestamente, foi a primeira música que me fez chorar de tristeza durante uma altura... "chata" da minha vida. É a "Ghost Love Score" dos Nightwish.



A letra da música, tipicamente ambígua mesmo à Nightwish, atinge-me principalmente no refrão:

My fall will be for you
My love will be in you
If you be the one to cut me
I'll bleed forever

Ao que, no final da música, e em harmonia com a minha vida, o refrão passa a:

My fall will be for you
My love will be in you
You were the one to cut me
So I'll bleed forever

E ainda há pessoas que acham parvo quando as outras choram a ouvir música...

Na Caixa II


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*Junho de 2009*
Ele aproxima-se da caixa, olha-me de alto a baixo, coloca as coisas na passadeira e avança.
- Bom dia! Vai precisar de um saco? - Pergunto, mais por hábito que por ver que é necessário.
- Não, não é preciso. O menino é novo por aqui, não é? - Coloca-se à minha frente, de cotovelos na barreira de plástico que protege o laser.
- Já cá trabalhei o ano passado, no Verão, mas cá estou de volta este ano! - Mostro o sorriso, porque sei que a conversa de ocasião conforta as pessoas e faz esmorecer ligeiramente a barreira cliente-empregado.
- Ai, e ainda bem que sim. Fazem falta mais jovens como o menino, vê-se que trabalham bem - a conversa começa a incomodar-me. - Mas nunca tinha reparado no menino antes, por isso é que perguntei.
- É, não me deve ter apanhado a trabalhar então - desvio a conversa. - São X euros e X cêntimos.
- Tem falta de trocos? - Pergunta-me, com um ar demasiado interessado.
- Hoje não, felizmente - digo com um ar sorridente. Recebo o dinheiro, entrego o troco e o talão. - Obrigado e boa tarde!
- Obrigado eu, eu voltarei, não se vá embora! - O tom de brincadeira é sério demais. O brasileiro na casa dos 50 abandona o sítio.

Na Caixa I


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Ela chega e pousa um pacote de leite e uma caixa de cereais na passadeira.
- Bom dia! Vai desejar algum saco?
- Boum dia, meu meneino! - Exclamou ela, com um fortíssimo sotaque nortenho. - Oulhe, é axeim, o meneino bá trabalhando debagareinho qui eu axeim bou buscando as coiseinhas uma de cada bez e bou pousando na paxadeira, pode xere?
- Oh, minha senhora, mas eu não posso ficar aqui assim à sua espera! - Respondi eu, sem saber se devia rir ou chorar porque a senhora tinha um ar muito decidido na cara. - Não tem uma moedinha para meter no carrinho? Assim leva o carrinho a todo o lado e escusa de andar para trás e para a frente, está a ver?
- Oh, mas eu num bi nenheum carreinho para metiere uma moueda! E num posso andar cum estas cesteinhas cum rodeinhas qui dipois eu fico touda afliteinha das coxtas, meu meneino! - O ar de aflição na cara dela chegou a assustar-me. Comecei a suar.
- Mas os carrinhos estão lá fora, minha senhora, tem que sair por aquela porta ali e eles estão lá todos - apontei, consciente que, por dentro, o que eu mais queria era desmanchar-me a rir.
- Ahhh, num bi aquela puorta! É que xabe, eu já tenho muita falta de bixta no oulho isquierdo, e debe ter sido por ixo que num bi a puorta. Obrigadeinho, meu meneino!
- Ora essa, não tem de quê!
Fui até à casa-de-banho com a desculpa de lavar as mãos, encostei-me à parede e ri que nem um perdido.

Prólogo de um projecto sem nome


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Hoje, enquanto esperava pela Jéssica para irmos beber café, fui escrevendo/escravinhando uma série de ideias num ficheiro de Bloco de Notas, e quando dei por mim, tinha uma espécie de conto mentalmente planeado. Gostava de levar esta ideia para a frente, e verei se a consigo terminar (ao contrário dos meus antigos planos mentais: acabo sempre por encravar no terceiro ou quarto capítulo e depois esqueço-me do que tinha pensado). Se achar que está a ficar capaz, vou postando aqui os capítulos à medida que os for escrevendo. Serão textos um pouco longos, embora eu os vá tentando postar por partes, com as devidas etiquetas para se poder ler tudo por ordem e como deve ser.

O principal motivo que me leva a postar pelo menos este prólogo que escrevi foi o que senti quando acabei de escrever. Há imenso tempo que não me sentia assim, isto é, com aquele sentimento de que o que acabei de escrever satisfaz-me totalmente. A última vez que senti algo minimamente semelhante a isto foi quando escrevi a biografia da Xana para o meu primeiro Assignment de Inglês B2.2. Modéstia à parte, arranquei um 18, o que é algo assim divino naquela faculdade. E nem sequer me sentia totalmente satisfeito com o texto, achei que podia ter melhorado algumas partes. E desta vez, não me arrependo de nada do que escrevi. É raro. E é por isso que partilho isto convosco.

Agradecia também, se quiserem, que deixassem as vossas críticas e opiniões, inclusive relacionadas com o meu estilo de escrita. Procurei escrever de uma maneira em que raramente escrevo, pois costumo ser muito menos descritivo e detalhado, mas desta vez esmerei-me e gostei do estilo que criei para mim mesmo. Obrigado.

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Prólogo

Sejamos honestos: ninguém consegue prever como será a sua morte. Correcção: ninguém consegue prever o que quer que seja. Um palpite é uma coisa diferente; um palpite é uma espécie de tentativa de adivinhação do resultado de um evento futuro, e por norma, esse evento é algo que não nos influencia nem nos afecta profundamente. Quando o evento nos influencia ou nos afecta profundamente, não dizemos “palpita-me que…”, mas sim “receio que…” ou “não gostava nada que…”. Adivinhar o futuro é algo difícil. É uma habilidade imprecisa: podemos adivinhar que vai chover amanhã, mas tendo em conta alguns factores meteorológicos, qualquer um sabe dizer que vai chover a potes no dia 3; quanto a adivinhar que vamos ver aquela pessoa em quem nunca pensamos na loja do chinês com verniz vermelho nas unhas e um piaçaba rosa-choque nos braços, ofereço uma Oreo a quem consiga. É difícil prever o imprevisível, e foi por isso que José Gomes foi atropelado.

Numa passadeira perfeitamente sinalizada, faltando apenas um outdoor de néon que incluísse uma seta em chamas a apontar para a zebra, José Gomes não se deu ao trabalho de olhar para ambos os lados. Tendo em conta que uma extensa e ruidosa fila de carros aguardava a mudança de luz à sua esquerda, o agora-defunto não achou necessário prestar atenção ao horizonte metálico construído por telhados envernizados e antenas de rádio. Caso o tivesse feito, poderia eventualmente ter reparado num BMW que se aproximava do final da bicha a uma velocidade que teria feito as esposas das nove famílias envolvidas no acidente gritarem “Oh, Manel, já estou enjoada!”. O condutor do BMW, saído há quinze minutos de um restaurante em cujos lavabos masculinos se encontravam agora vestígios de um pó branco no tampo da sanita e uma palhinha ainda com o gosto de uma caipirinha junto do piaçaba, não se deu conta da proximidade da matrícula à sua frente, tomando-a pelo sorriso de um elefante cor-de-rosa. Sentindo-se tentado a subir do estatuto de drogado para o de caçador, acelerou e afocinhou a dianteira do carro na traseira de uma carrinha de sete lugares onde seguia uma família de 6, cujo chefe e condutor mal teve tempo de dizer “Mas que car…”.

O choque em cadeia de uns carros com os outros foi algo digno de um coreógrafo de renome, se bem que com algumas falhas naquela dança intrínseca: alguns carros, ao ouvirem o estrondo do metal a bater no metal, bateram com o pé no acelerador, na tentativa de salvar os seus jovens cachopos, os seus animais de estimação e, em alguns casos, as histéricas donas de casa. Foi então graças ao pânico do ser humano que, num acidente no qual poderiam estar envolvidas apenas seis ou sete viaturas, envolveram-se quarenta e duas. Quando o condutor do Seat que liderava a fila na faixa da direita entrou em pânico, assim entrou a cabeça de José Gomes no pára-brisas do respectivo carro. O condutor não travou: quem o faria? Já não bastava o susto de ver um carro a capotar pelo espelho retrovisor, ainda por cima alguém resolve mergulhar carro adentro sem abrir a porta. Com um homem inconsciente ao colo e cujo nariz sangrento insistia em esfregar-se na sua cara, o condutor do Seat pensou em tudo, vomitar, gritar de pânico, afastar o Gomes da sua cara e ligar para o namorado para pedir socorro. De facto, pensou em tudo, menos em travar. E novamente, o pânico humano piorou uma situação deplorável e imprevisível, pelo que o Seat resolveu parar numa loja chinesa, entrando pela janela como uma diva que afasta as cortinas e diz “Cheguei!”

A paragem abrupta do Seat lançou o corpo de José Gomes novamente para fora do carro tal como tinha entrado, ou seja, de cabeça. O condutor ficou inconsciente, o dono da loja esmagado algures debaixo do motor, o cliente de 8 anos que comia Oreos gritou “Fixe!” com a boca cheia, e quando o corpo de José Gomes finalmente aterrou contra uma estante cheia de loiça ao desbarato, tornou-se cadáver, e uma senhora que, vinda do piso superior, desceu as escadas a correr devido ao barulho, deixou cair o piaçaba rosa-choque, levou umas mãos de unhas envernizadas a escalarte à cara, e gritou. Há três meses que não via o Zézinho, como sempre lhe chamava, e eis que ele aparece assim de repente à sua frente, ficando imóvel a olhar para ela, com um fio de sangue que lhe desce do nariz, contorna a sua boca e pinga do queixo para uma tigela branca, que aterrara miraculosamente inteira no seu colo.

Toda esta situação seria difícil de prever, até para as mentes mais brilhantes. Mesmo que se pudesse adivinhar o esquema geral (o tal acidente em cadeia que lança um carro por uma montra adentro), os pormenores seriam difíceis de adivinhar. O miúdo das Oreos não pensaria ver o braço do dono da loja torcido, mas viu-o. O condutor do Seat não se imaginaria a vomitar em agonia, mas vomitou. O condutor do BMW não se via a matar uma família de seis, dos quais quatro eram crianças, incluindo um recém-nascido, mas matou.

E a filha de José Gomes não se imaginaria na berma da estrada a assistir à morte do seu pai. Mas viu, gritou, colocou-se de joelhos, chorou, esperneou, vomitou em agonia… e quanto ao matar, não o fez. E muito menos palpitou. Quanto à morte do culpado, ficou-se pela promessa e pela previsão do seu cumprimento.

João Efigénia

Desafio 03/20 - Uma música que me põe feliz!


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Olha uma actualização! Eu realmente tenho que me dedicar mais a isto, mas que posso eu fazer, quando me encontro em Olhão com um plasma só para mim (vá, é da minha mana, mas o "Resident Evil 5" fica tão giro naquele ecrã...) e com uma série de amigos que todas as noites me convidam para ir dar uma volta? Enfim...

Esta é facílima. Sei que se a usar agora vou-me lixar na última música do desafio, porque não posso repetir, mas, pá, tem mesmo que ser. É que ultimamente, sempre que oiço esta música fico eléctrico e canto e danço e esperneio até reparar que quem me rodeia está a olhar-me como se eu fosse a Lady Gaga. E por falar nela...



É que esta era mesmo óbvia, não era?

Nacionalismo fora de prazo.


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E fora de prazo está também este post. Faz hoje uma semana que não actualizava o blog, e desde então as únicas coisas a declarar consistem em vários eventos e acontecimentos nos quais participei. Cheira-me a post longo!

Na sexta-feira, dia 4, fui convidado pelo Sandro a ir assistir ao primeiro dia das Marchas Populares no Pavilhão Atlântico, onde assisti às actuações das marchas do Lumiar, Baixa e Bairro Alto. Felizmente, vim-me embora antes da "pancadaria" que houve por causa de Alfama.
Diga-se assim de passagem que não me lembrava o quão belas eram as Marchas: sente-se a magia e a tradição no ar quando se ouve dezenas de vozes a entoar as mesmas canções populares, com coreografias lindíssimas e figuração fantástica! Fiquei cheio de pena de não ficar em Lisboa até sábado, dia 12, porque não vou assistir às Marchas na Avenida da República. Enfim, a Meo há-de servir para alguma coisa.
Não obstante, tendo em conta os vídeos que andei a ver das outras marchas, a minha preferida (e não é pelo meu melhor amigo marchar lá) é a do Lumiar. Há um rigor e profissionalismo que pura e simplesmente não detectei nas outras marchas. A ver vamos se este ano conseguem ficar, pelo menos, no Top 5. Destaco também a marcha do Bairro Alto, que se inspirou no musical "O Fantasma da Ópera" e cuja actuação culmina numa espécie de homenagem à "Masquerade", com leques, salão improvisado e tudo! Foi fabuloso!
Toda esta conversa sobre as Marchas para dizer que, durante as 3 horas que estive no Pavilhão Atlântico com a minha querida Daniela, assisti a um comportamento tipicamente português: o enaltecer das nossas tradições misturado com o aplauso dado à arte de outrém e o sentimento comum de que estamos todos ali para o mesmo fim. O pessoal de Alfama não ajudou (assobiarem e apuparem as outras marchas? Not cool!), mas sabe bem ver a marcha dos Olivais a aplaudir o Lumiar, e vice-versa. Companheirismo tradicionalmente português, e que se partilha e se celebra de ano a ano. Quando dali saí, fui para o Bairro Alto com amigos até às 3, e acabei por arrochar em casa da Xana e do Ricardo.

Contrastando com essa noite de Marchas Populares esteve o Mega Pic-Nic Modelo do dia seguinte, ao qual fui com a Hélia e o António. Ali pude observar um comportamento completamente diferente do que tinha presenciado na noite anterior: hipocrisia. Desculpe-me quem lá esteve, mas foi isto que senti naquele dia. Milhares de pessoas ali reunidas para ver a Selecção Portuguesa, o Tony Carreira e o largar de 20000 bolas de plástico vermelhas que custam 0,5€ cada uma no Modelo e no Continente. A sério? Inclusive testemunhei uma coisa que me deu vontade de chorar pela precariedade: duas senhoras à disputa por causa de um par de bolas de plástico! Em África, crianças subnutridas não lutam pela pouca comida que têm, e em Portugal duas galifónias quase que se desunham uma à outra por causa de um conjunto de objectos cujo módico valor monetário é de 1 euro. Tendo em conta que haviam 20000 bolas iguais à espera de serem lançadas para a população expectante, foi uma cena deveras triste.
Foi igualmente giro ver o povo português a apoiar um grupo de jogadores de futebol que só são lembrados quando há Mundial ou Europeu. "Portugal! Portugal!" ouvia-se por todo o lado, a toda a hora. Mas alguém se lembra de agarrar nas malditas vuvuzelas e gritar a plenos pulmões o nome do nosso país quando os nossos governadores se lembram de aumentar os impostos ou de voltar a aconselhar o país a apertar o cinto? (cinto que já nem é cinto, neste momento é uma espécie de anel, de tão apertado que está)
À noite, volta ao Bairro Alto, desta vez para fazer directa na discoteca. Como diria o Marlon, "How does Lady Gaga like her meat? RAW-AW-AH-AH-AHH!" *saca das garras*

No dia seguinte, domingo, acordei tarde mas estudei Gramática do Português como gente grande. Ou seja, li as folhas uma vez e como nada entrou, limitei-me a comer e a ir ver o "Pensas Que Sabes Dançar?". Voltei, então, a testemunhar um ataque à língua portuguesa que até meteu dó! Desde frases do tipo "Estava a gostar de tudo, desde a mais pequenina coisa... até à maior!" a "Dói-me o coração... dói-me o coração a eles também...", passando pela descrição de um figurino como "Gaga Power Ranger". Outra coisa que notei foi o facto de utilizarem muitas expressões em outras línguas cujas traduções existem há décadas no português moderno, como "Partner" (ou "Partenère", que na minha língua se diz "par" ou "companheiro", algo que não é difícil encaixar num diálogo quando se fala de dança). Dei meia-volta na cama e dormi.

Segunda-feira, o derradeiro dia das minhas avaliações académicas, com a frequência de Gramática do Português. O ambiente antes, durante e depois foi aquilo a que se pode chamar o "luto revoltado", e a frequência em si foi uma espécie de desastre natural, com mortos, feridos e sobreviventes. Um autêntico Holocausto. Chernobyl. Y2K.

Assim termino o meu estudo do comportamento português nestes últimos dias. As conclusões a que cheguei são minhas e só minhas, e cada um será capaz de tirar as suas próprias conclusões: seremos nós um povo que só se lembra de ser nacionalista quando é para soprar cornetas de 4 em 4 anos? Ou seremos mais tradicionais? Será feitio ou defeito? A vossa opinião é bem vinda.

Desafio 02/20 - A minha canção menos preferida!


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Esta é difícil... eu não detesto assim as músicas de maneira que as possa chamar "menos preferidas", embora haja uma série de artistas que me passam completamente ao lado, tipo Ke$ha (que nojo, desculpem-me os fãs) e bandas de heavy metal com vozes de sanita.

Mas há uma música em particular que até se me arrepiam os cabelos cada vez que a apanho por azar no rádio, na TV ou nalgum sítio em que esteja postada por brincadeira:



A sério.

Desafio 01/20 - A minha canção preferida!


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Primeiro dia do Desafio 20/20. Esta é simples: "Escapist" dos Nightwish. A letra é simplesmente linda e a música tem exactamente aquilo que adoro ver em bandas: várias facetas numa mesma música. Há a vertente orquestral, a vertente do rock/metal e a voz da Anette Olzon que, não sendo tão potente como a da Tarja Turunen, consegue ser muito musical e inocente, que é algo que encaixa muito bem no álbum "Dark Passion Play".



PS. O Sandro convenceu-me a meter aqui os vídeos em vez dos links. Totó.

Desafio "20 Dias - 20 Músicas"


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...ou "X/20", como lhe vou chamar frequentemente, foi-me colocado pelo Sandro Canossa (criatura indrominável), e achei que, como vou entrar agora de férias e tudo o mais, terei tempo para vir cá todos os 20 dias colocar uma música. É claro, há as suas regras, que isto não é a casa da Joana.
  • Dia 1 - A tua canção favorita
  • Dia 2 - A tua canção menos favorita
  • Dia 3 - Uma canção que te põe feliz
  • Dia 4 - Uma canção que te põe triste
  • Dia 5 - Uma canção que te lembre alguém
  • Dia 6 - Uma canção que te lembre um lugar
  • Dia 7 - Uma canção que te lembre determinado acontecimento
  • Dia 8 - Uma canção que te faça dançar
  • Dia 9 - Uma canção que te faça adormecer
  • Dia 10 - Uma canção da tua banda favorita
  • Dia 11 - Uma canção que ninguém esperaria que gostasses
  • Dia 12 - Uma canção que te descreve
  • Dia 13 - Uma canção do teu álbum favorito
  • Dia 14 - Uma canção que ouves quando estás zangado
  • Dia 15 - Uma canção que ouves quando estás feliz
  • Dia 16 - uma canção que ouves quando estás triste
  • Dia 17 - Uma canção que queres que toque no teu casamento
  • Dia 18 - Uma canção que queres que toque no teu funeral
  • Dia 19 - Uma canção que te faça rir
  • Dia 20 - A tua canção favorita deste último ano
A partir de amanhã, começarei a colocar as músicas, mas ainda estou a pensar em como as colocar: como não quero que o meu blog fique com uma série de vídeos do Youtube que só vão fazer com que o acesso fique mais lento, talvez coloque só os links e talvez uma imagem. Veremos...

Agora já sei Sniffar!!!


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Como referi há dois posts atrás, estou com uma bruta de uma constipação há mais de 10 dias! Normalmente, fico assim durante 3 ou 4 dias até ela passar por obra e graça do Espírito Santo (e das minhas hormonas). No entanto, isto começa a tornar-se preocupante porque apesar de estar em mudança de estação, o meu muco nasal insiste em meter-se cá para fora, como uma espécie de lesma que precisa de vir ao ar livre fumar um cigarrinho.

Assim sendo, e após tomar algumas colheradas de Mucorhinatiol em Lisboa, eis que chego a Olhão e me deparo com a ausência dos meus dois companheiros contra a constipação: um bom xarope e soro fisiológico. Falo com a Mamã e ela, sempre prestável, diz-me: "Vai à farmácia e compra". Quem sou eu para desobedecer? Vou com o Papá à farmácia e compro duas drogas diferentes: um xarope via oral chamado Oxolamina e água do mar isotónica e estéril chamada Rhinomer.

Abro o Oxolamina e despejo a quantidade aconselhada pelo farmacêutico para o copinho doseador, e, distraído a pensar numa qualquer justificação para o facto de os medicamentos nunca terem um nome simples, engulo o raio do xarope.

Nojo. Sabor a morango. Ainda hoje estou para perceber porque é que, quando são só os meus pais a comprar xaropes, lhes dão daqueles com sabores super-amargos mas hiper-viciantes, e quando sou eu a ir comprar me dão (desculpem a palavra) merdas com sabor a frutas. A sério, é que só pode ser uma conspiração contra a minha identidade pessoal de pessoa que odeia fruta.

Guardo o Oxolamina (cujo nome eu substituiria por "Xarope com sacarose de morango que os pobres usam para combater a tosse seca, incómoda e persistente") e agarro no Rhinomer. Quando olho para o frasco e vejo que aquilo funciona tipo "sniffar um jacto de água", até me passo. Faço o test-drive a apontar aquilo para o lavatório, e salta-me um esguicho de água que parece um dos vulcões de água do Parque das Nações, e molho tudo na casa de banho menos o lavatório (vá, foi só o espelho e a parede).

Inspiro fundo, ganho coragem, insiro aquela peça de plástico de forma fálica dentro do nariz, primo um bocadinho o "chafariz" e os meus interiores são só inundados de água salgada. O meu pai, a assistir à cena toda, diz-me "Agora não te assoes, e se sentires a água a sair pelo nariz, puxa para dentro outra vez". E foi assim que perdi a virgindade do nariz e senti o que é Sniffar com S grande uma merdeca qualquer que me custou 8 euros, e que podia não ter comprado porque amanhã vou à praia e de certeza que me vou curar.

Oxolamina é um Produto Angelini.

*BAM!!!* "Wtf???"


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Sim, isto fui eu hoje, quando vinha a subir a Avenida Dr. Bernardino da Silva e só oiço um estrondo digno de um filme de acção. Olho para o lado, para a estrada, e só vejo cacos de vidro a voar por todo o lado. Procuro pelo carro que deve estar todo amolgado, e depois é que percebi. Uma criatura qualquer fez uma razia aos carros que estavam estacionados e arrancou um espelho lateral, e depois continuou a descer a avenida como se nada se tratasse.

Quer dizer, eu podia ter corrido para a estrada e tirar a matrícula e ser mauzinho, mas o pulo foi tão grande que nem tive reacção para o fazer...

Realmente, há com cada pessoa parva...

"Alô alô, daqui Terra de Pescadores"


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Pois é, encontro-me neste momento em Olhão City, local de culturas exóticas e cheiros esquisitos se apanharmos o vento de Sul, para passar alguns dias de "férias" com a famelga saudosa e os amigos (também).
Hoje queria partilhar apenas alguns pensamentos que tive na minha "longa" viagem de 3 horas:

- Porque é que as pessoas nunca se esforçam quando sabem que as suas decisões e comportamentos podem alterar a vida dos outros? (pensamento dedicado ao meu mano Sandro)
- Porque é que a vida não tem uma banda-sonora que toque nos momentos oportunos? É que ultimamente tenho acordado com a "I Dreamed a Dream" na cabeça e não sabia porquê, e ao longo da viagem é que analisei mentalmente a letra e tudo fez sentido...
- Porque é que eu, quando me constipo, fico igual durante semanas a fio? Eu devo ter alguma anormalidade a nível hormonal ou qualquer coisa do género, porque há 15 dias que não faço senão deitar ranho do nariz. Já devo ter "desenranhado" quantidade suficiente para encher 5 garrafões de água do Luso.
- Porque é que é mais fácil engolir um comprimido do que o orgulho, dado que um é físico e o outro não?
- Cheguei à conclusão que as lágrimas são bipolares: aparecem sempre às multidões nos meus olhos quer eu esteja triste ou feliz.
- O ser humano é, por natureza, insatisfeito: dai-lhes água e eles queixar-se-ão que não está fresca; dai-lhes comida e queixar-se-ão que não está quente; dai-lhes amor e eles queixar-se-ão que não lho destes só a eles; dai-lhes ódio e eles queixar-se-ão que só lho destes a eles.

Essencialmente é isto. Marcações para cafés, aceitam-se!

Mirror Move.


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Acabei de vir das compras no Pingo Doce, mas enquanto vinha no autocarro (carregado de sacos ilustrados com meninos que nos olham de uma maneira estranhamente homossexual), veio-se-me uma daquelas filosofias de vida que agora tenho que partilhar: porque é que nós, enquanto seres humanos, sentimos a necessidade de viver como Lemmings?

*pausa para ir arrumar as compras*



*30 minutos depois, após arrumar as compras, comer um Liégeois de chocolate e ver a Sara e o Tiago a fazer bombas de fumo frustradas com bolas de ping-pong e folhas de alumínio*

Todos nós sentimos vontade de seguir a onda dos que nos rodeiam, certo? As All Star e as Vans só se popularizaram por causa disso (sim, não foi pelo preço), agora só se ouve a expressão "Podias... podia, mas não era a mesma coisa" e "vuvuzela" (santa fartura), "Glee" agora é fixe e toda a gente vê (sim, porque quando só eu e mais 10 pessoas em Portugal víamos, era uma seca) e até quando vamos à Fnac ou alguma outra loja do género, é mais provável comprarmos alguma coisa que esteja no Top 10 de vendas. Está claro, é assim que a sociedade funciona: é através da mímica e da imitação que as crianças aprendem a falar, a viver e a desenvolver a sua personalidade, daí que é perfeitamente normal que, quando adultos, nos sintamos confortáveis a fazer o mesmo. É óbvio que já não imitamos maneiras de andar ou comer porque estas já estão inscritas na nossa maneira de ser, mas continuamos a imitar maneiras de vestir, palavras da moda (maldita "vuvuzela"), produtos "in", comportamentos "out" (é tão bom ir ao bowling, mas já não é assim tão comum. E as festas de chá, que excitação!)...

Nesta onda de mímica, nem sequer nos apercebemos do poder que as nossas acções têm no resto do mundo. Se nos cingirmos todos a uma determinada marca de cereais, digamos, Nesquik, então a Nestlé deixará de fazer Estrelitas e o mel que antes era utilizado no seu fabrico, deixará de ser produzido em tanta quantidade, deixando uma qualquer apicultura "apeada". Posto isto, façamos um momento de reflexão: pensem em todos os produtos que antes usavam ou consumiam que por algum motivo deixaram de o fazer, pensem no esforço envolvido em criá-los e agora pensem nas consequências do seu desuso/desaparecimento. Eish, aposto que não sabiam que tínhamos tanto poder como sociedade consumidora, pois não?

E isto leva-me ao que me levou à Lua no 702 da Carris: porque raio seremos tão adeptos na imitação dos nossos conterrâneos, se depois não somos capazes de imitar os gregos na sua luta contra a crise? A sua dívida para com a Europa é de cerca de 230 biliões de dólares, enquanto que a dívida portuguesa é de cerca de 280 biliões de dólares, a espanhola de 1,1 triliões e a italiana de 1,4 triliões!!! (números da "New York Times"). Tudo bem que a situação da Grécia é triste, mas se o IMF é capaz de dar 200 biliões de euros de apoio a um só país, porque não a todos os outros? Será porque na Grécia o povo, já habituado e com licenciatura em protestos liberais, vai para as ruas com cartazes e grita pela sua vida? Se sim, então porque não fazemos o mesmo? Porque não fazemos uma marcha por toda a cidade de Lisboa a protestar os milhões de euros gastos numa visita papal, as luxuosas refeições dos nossos líderes (salvos sejam) e os bonitos bólides que os jogadores de futebol compram com os seus ordenados dignos de uma família real? Porque não exigimos mais? Porque não peço eu mais condições na minha faculdade, número 1 no ranking de faculdades com piores condições? Porque não pedem os pais de filhos violados até à morte uma Justiça mais justa? Porque não pedem as vítimas de assalto e agressão nas ruas mais policiamento?

Eu sei as respostas, e todos nós sabemos. Os polícias estão à procura da McCann (sugiro a desistência), a Justiça juntou-se à Procrastinação e andam de mãos dadas, as melhores condições existem nas câmaras municipais e outras estruturas pertencentes a organismos de Estado (sugiro um slogan nas próximas campanhas: "Porque você merece"), e nós não nos queixamos porque somos comodistas. Como portugueses, somos preguiçosos e preferimos esperar que a coisa se componha por si mesma (Deus abençoe o 25 de Abril e todos os envolvidos, senão o Salazar ainda andava por cá). Preferimos lamentar a agir. E eu lamento também. Tento agir mais, tento queixar-me, mas o que é uma pessoa em 10 milhões?

Legendas de "Harry Potter"...


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...traduzidas do chinês para o inglês através de tradutores automáticos. Pensem bem nas repercussões disto, e depois cliquem aqui:

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban


Harry Potter e o Cálice de Fogo

Harry Potter e a Ordem da Fénix

Harry Potter e o Príncipe Misterioso


Destaco o "I just 1000 people!" do Neville (supostamente seria "I just came back from the Ball", ou algo do género), e o "What copulation" ("Whatever, mate".).

Conversation I


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- Does it matter at all that you fucked him?
- Maybe: if things eventually turn out the right way, then our first date ended up being our first fuck.
- Well, when you look at it that way...
- I mean, obviously things are still running great for us. We went to the movies yesterday and we kissed afterwards, but he's still unsure of what he really wants.
- You mean he's making you the rebound?
- I'm not sure if "rebound" is the right word. "Compass" is a more suitable term.
- "Compass"?
- Yeah, he just lost his North and I'm kinda helping him finding it.
- Oh, I see, and the best way to help him finding his North is by sucking his "North Pole"?
- Oh, shut it... at least I've had some action recently. Tell me, have spiders already nested up your ass? 'Cause you know, it's been lonely there...
- Maybe I'm just waiting for the right snake to go up there and eat the whole spider family...
- Or maybe you're gonna dedicate your life to spider breeding.
- Or maybe I'm just gonna use some sort of moisture to clean up the whole nest.
- Or maybe you'll let them starve to death.
- Or maybe I'll just let YOU starve to death, 'cause now you ain't getting anything from me, hon!
- Like I needed you, I have other spiders to kill...
- Like Nate's?
- Exactly, like Nate's.
- I sure hope Nate doesn't dump you.
- Why?
- It's about time you had a decent boyfriend.
- And you?
- I dunno,... Honestly, I really don't know. I mean, my mom hasn't really been easy on me for being gay...
- We should so date each other...
- We can't, we're bros...

Trabalhos vindouros


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Não, não me esqueci do blog (outra vez)! Finalmente estou de férias e vim para a minha terra natal (Olhão) para passar uma semana a relaxar e a desanuviar do stress académico. É claro que tenho dois trabalhos para fazer, mas isso são só umas gotinhas.

Peço desculpa também pela falta de actualizações, mas pouca ou nenhuma imaginação tenho tido para escrever. No entanto, estou a preparar alguns textos que vou colocar aqui, falta é escrevê-los. São eles:
- Alguns posts críticos à sociedade portuguesa no geral;
- Meia-dúzia de contos que tenho na minha mente e preciso de mandar cá para fora)
- Continuar a descrever a minha existência de forma absurda, sarcástica e divertida, já que ela própria não é uma coisa, nem outra, nem outra.
- Talvez alguns posts sobre a actualidade (sei lá, falar da Maddie McCain porque já tenho saudades de ouvir falar dela).

Essencialmente é isto. Cá por Olhão, poderão encontrar-me em casa, no meu estabelecimento comercial (Pastelaria Snack-Bar 'A Concha') ou a passear na rua e a laurear a pevide.

Ciao!

O meu Focus nas próximas semanas é jogar


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Hey!

Tendo em conta que o Final Fantasy XIII já saiu e comprei a versão especial, ando a jogar pra chuchu, a meias com o Daniel (de 3 em 3 horas de jogo, troca o jogador). Daí que ando com vontade de ficar em casa e de não fazer nada até explorar o jogo ao limite!

No entanto, terei que fazer concessões: trabalhos de Espanhol, Inglês e Prática Literária irão tirar-me o Sábado ou o Domingo para me concentrar na realização dos mesmos. Enfim, não se pode ter tudo...

Estou sequinho de humor hoje... é falta de socializar. Veremos Segunda-Feira.

Diário de Blagraz


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Querido diário

A vida tem estado um pouco parada. Não é caso para menos: desde que aquele idiota halfling conseguiu destruir o Anel de Sua Senhoria, Deus O tenha, não parece haver movimento nenhum aqui em Minas Morgul. Correm rumores de que o Baggins Júnior levou o Baggins Sénior e mais meia-dúzia de elfos num barco e foi-se para o mar alto. Deus queira que alguma Serpente Marinha os apanhe e os devore a todos!

No outro dia cruzei-me com um Uruk-hai no 665 para Mt. Doom - Norte. Epá, é assim: tudo bem que eles são assim grandes e gostam de mostrar que são fortes e que têm sempre mais sujidade no corpo do que os restantes Orcs, mas andarem por Mordor tal como Sauron os trouxe à Terra Média é um bocado desrespeituoso! Eu considero-me bastante sujo e mal-cheiroso, mas não ando aí a mostrar os balandraus como se estivesse a experimentar armaduras novas na H&M (Helms and Metals). É claro, a vontade com que fiquei foi de pegar em mim e no coelho morto que cacei nos pântanos e enfrentar aquela besta sem vergonha, mas a perspectiva da decapitação da qual provavelmente iria ser alvo fez-me permanecer sentado e ignorar aquela besta. Desgraçada da fêmea que acasalar com ele, se não usar algum óleo élfico vai acabar por sofrer bastante durante o processo de procriação.

Ouvi na palantír no outro dia que Isengard também não anda muito bem... os Ents não estão a conseguir deitá-la abaixo, de maneira que estão agora a tapar as fornalhas com terra vinda das montanhas e a plantar mais sementes. Parece que Treebeard quer tentar cobrir o território à volta da torre com árvores, e deixar que a Natureza se encarregue de a destruir com o tempo. Honestamente, precisaríamos de mais 7549 solstícios até isso acontecer, mas pode ser que o plano falhe. Haja alguma coisa que honre Sauron, se bem que o raio da torre até se parece com o bastão do velhadas Saruman. Pensando melhor, até era bom que aparecesse algum dragão e a deitasse abaixo. Já são tão poucos que ao menos podiam fazer-se úteis nas suas raras aparições.

Bem, vou ter que terminar por aqui. Estou a ouvir o Blotgrimm aos gritos com a fêmea dele outra vez, e a última coisa que quero fazer neste momento é levar um corpo decapitado até ao rio de lava... pela 7ª vez.

Blagraz

(Este post foi influenciado pelo Daniel, que me disse que, à noite e de uma certa perspectiva, o Aqueduto das Águas Livres, perto da nossa casa, parece Minas Morgul na trilogia "O Senhor dos Anéis")

Cha(le)nges!


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Estou neste momento sentado na secretária do meu quarto. Correcção, do meu NOVO quarto.
Mudei de casa, abandonei a Estefânia e a comida de microondas e cheguei à Serafina. Sinto toda uma miríade de emoções a passarem pela minha alma, deixado vestígios tão pequenos que nem as consigo identificar. Mas sei que o resultado final dessa misturada de restos é positivo, pois nunca me senti tão meu como nesta última semana! Não faço um update recente há quase 20 dias, pelo que vou escrever à bruta e à francesa neste post. Bear with me!

As Mudanças
Sem carro até ao domingo passado, eu e o Daniel fizémos várias viagens para transportar as coisas dele até à casa nova: livros, roupa, electrónica e tudo o mais. E a própria casa onde aterrámos estava assim um pouquito desarrumada, mas entre nós os três (eu, ele e a Sara) vamos transformar esta casa numa mansão! Aos poucos e poucos lá vamos arrumando esta divisão, mudando a disposição da outra, metendo este tapete e aquele cortinado, ora cozinhando, ora comendo restos...
No domingo passado, os meus pais cá vieram ajudar nas mudanças, para levar todas as minhas coisas (cinco malas/sacos e duas mochilas), porque isto de andar com bagagem no autocarro não dá muito jeito... fomos depois às compras abastecer, com o Daniel e a mãe dele, e sentimos que somos capazes de dar conta do assunto. A cesta da roupa suja dificilmente está cheia, a cozinha raramente está por limpar e arrumar, só nos falta arrumar definitivamente a sala de estar e ficamos com um sítio perfeito! Ou bem, quase perfeito, não fosse esta chuva anormal que parece assolar Portugal há quase três semanas! Ora chove, ora faz sol, ora chove e faz sol, ora faz sol e chove, ora chovem sóis, ora fazem chuvas, ora há um Funchal inundado, ora o João pisa poças de água descomunalmente fundas com os seus Converse All Star pretos...
É claro, esta mudança não foi só de ares, foi também de alimentação e lifestyle: com uma secretária decente uma pessoa até tem gosto em estudar; com uma cozinha plenamente funcional uma refeição está apenas a 90 minutos de distância e trabalho; com adultos ausentes até se sente mais liberdade, confiança e independência. I'm loving it so far e espero que isso não mude!

OMG, Gramática do Português até é fácil de perceber!
Outra coisa que também se tornou difícil com esta coisa das mudanças e de não ter secretária foi ter um horário de estudo regular. Agora posso concentrar-me no que realmente vim fazer para Lisboa, que foi estudar. Mesmo a sério! Agora até a Fonética parece canja de peixe! E sinto-me com mais vontade de me empenhar na Faculdade: por exemplo, estou a ler o "Alice's Adventures in Wonderland" só porque temos falado dele em Inglês! Alguma vez me passaria pela cabeça ler Lewis Carroll por desporto? E eu que pensava que o livro era algo super-infantil, mas afinal tem toda uma vertente adulta que é emocionante explorar e decantar a partir daqueles textos!
Estou excitadíssimo por começar a ter aulas "a sério" de Prática da Tradução Literária ING-PT, porque a professora já nos informou que vamos traduzir excertos de Tolkien e talvez Oscar Wilde! Oh, o orgasmo...
E em relação a Espanhol, continua aquele sentimento "meh" que já sentia o semestre passado. É giro e tudo, mas não é exactamente a minha língua preferida. Preferia mil vezes ter mandarim ou japonês em vez de espanhol, mas estou mesmo a ver que tenho que gastar créditos livres para estudar línguas asiáticas. Ao menos não estou sozinho, porque tenho...

Amigos.
Ladies and gentlemen, Sir Efigénia tem uma vida social! É uma das mudanças mais significativas a que tenho assistido nos últimos meses: não me posso queixar dos amigos que tenho, DE TODO! Todos nós somos parecidos uns aos outros, na medida em que apenas queremos o nosso bem-estar e o de quem nos rodeia. Já não noto aquelas falsidades de "Sou teu amigo porque preciso de alguém com quem desabafar, mas não tenho pachorra para desabafares comigo", uma situação da qual eu me sentia alvo mais vezes do que aquelas que desejaria... Sei que tenho amigos e que não estou sozinho, e se calhar é por isso que sinto este calorzinho cá dentro e que aquece mais do que um cálice de Beirão. São os meus companheiros, os meus ajudantes, os meus colegas de aula e de risota, os indivíduos com quem partilho bules de chá quentinho, pastéis de Belém ou copos fumegantes de bebidas Starbucks. São eles:
- Daniel Nascimento
- Hélia Paulo
- Xana Maria
- Ricky Gama
- Sandro Canossa
- Liliana Marta
- Sara Hu
- Cláudia Frederico
- Sara Silva
- Dora Sousa
E não é só o pessoal de Lisboa... tenho tantas saudades de quem deixei em Olhão... Magda, André, Nuno, Micaela, Cátia, Jéssica, Cláudia, Rui... dava o mundo e cinco tostões para que criassem teletransportadores, porque assim passava a vida convosco...

E é isto. Isto é o meu mundo agora: estudo, casa e amigos. Há mudanças e desafios, mas acho que todo o ser humano é camaleão, aranha e canguru: primeiro porque é capaz de se integrar em qualquer sítio desde que seja forte e se esforce, segundo porque é capaz de construir uma vida um fio de cada vez, e terceiro porque a melhor maneira de ultrapassar obstáculos é passar-lhes por cima.

PS. Ally, best of lucks and loads of strenght!

Prego 01


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- "La Semana Grande de Bilbao es su mayor festividad. Se realiza en Augusto..."
- Desgraçado do Augusto, tem a Semana Grande às costas o dia inteiro!

Like, soooo many changes and exciting stories to tell!


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Numa versão resumida (sob forma de lista):
- Já mudei de casa
- Já apanhei a matéria de Gramática Para o Português
- Já cozinhei fusilli à bolonhesa, bifes panados e arroz (empapado graças às medidas erradas do Daniel Nascimento)
- Faltam cinco, five, cinq, dias para o Final Fantasy XIII.

Depois elaborarei! Até tchau!

Err... pois.


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Neste momento encontro-me sentado num de três assentos disponíveis na sala contígua à Associação de Estudantes da FCSH. Não houve aula de Lexicografia & Lexicologia porque a professora está doente. Assim sendo, encontro-me com 90 minutos de aborrecimento à minha frente até ir para casa.

É com pesar que informo que o meu telemóvel faleceu. O meu Sony Ericsson W910i morreu há cerca de meia-hora. A Carina diz que me empresta um que ela tem em casa que não usa até eu comprar um novo. Esse que ela me vai emprestar é... um Sony Ericsson W910i cor-de-rosa, uma cor que eu tendo a evitar, mas ou é isso ou é ficar incontactável. Por mim até podia ser amarelo às bolinhas, só não pode é ter Hello Kitties que os gatos fazem-me alergia.

E por falar em Hello Kitties, descobri que a Hello Kitty não tem boca porque a sua criadora teve uma filha que nasceu com uma deficiência igual à da gata. O que é algo fantástico porque se a criadora da Pucca tinha uma filha com papeira, a criadora da Betty Boop tiha uma filha bulímica e o criador do Ruca tinha um filho com cancro, então estamos perante um padrão.

Acho que vou mas é jogar Rollercoaster Tycoon 2 ou ver "Six Feet Under" (Sete Palmos de Terra).


Frases em Destaque:
*No elevador dos Armazéns do Chiado, após ler "Capacidade: 12 pessoas"*
- Epá, cabem aqui 12 bulímicas!
João Efigénia

*Enquanto João Efigénia destaca as vinhetas do McFlurry, Ricardo Gama diz:*
- Eish, agora ganhavas alguma cena!
*Vinheta diz: "Ganhou: Bebida Pequena"*

*João Efigénia e Xana Mouro*
- Então e quando é que fazes o test-drive?
- Quando ele me deixar!

*Em conversa sobre detergentes, Daniel Nascimento*
- Eu usava era aquele, o Omo. É bué bom!
- É, tu gostas é de Homos...

Sejamos honestos, pouca gente lê um post de blog a menos que o título seja minimamente interessante e que as force a ler o post completo


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Anchovas. Ora aí está algo que nunca provei na minha vida. Não, a sério. Nos filmes americanos, há sempre um idiota que se queixa que a pizza tem demasiadas anchovas. "Well, did you try some of it before you trashed it down the garbage bin, you non-contributing zero?" Uma pizza tem sempre mais do que anchovas: há toda uma massa que tem que ser feita, com ingredientes que têm que ser misturados numa dança intrínseca e coordenada. E mesmo esses ingredientes são produzidos por uma série de pessoas (ou no caso dos ovos, galinhas) que nunca iriam imaginar onde os seus produtos vão parar; para além da massa, há molho de tomate (de certeza que também há aí uma senhora que vende tomates e que espanta ovos estrelados de ferro voadores, como a senhora das ameixas da Compal), queijo (aqui entram as vacas), fiambre (e aqui os cav... porcos), azeitonas (tiradas das oliveiras do Farmville), cogumelos (cujos primos crescem nos cantos das casas mais húmidas), entre outros ingredientes, de acordo com o nome da pizza, claro.

E por falar em nome da pizza, há que dar o nome às criaturas! Daí que a Pizza Quatro Queijos tenha como ingrediente fundamental, bem... quatro queijos. A Pizza Del Mare tem atum ou anchovas e delícias do mar, a Pizza Bolonhesa tem carne à bolonhesa por cima... mas então e a Pizza Quatro Estações? A Pizza Primavera? A Pizza Margarita não tem álcool como o nome indica! A Funny Bacon não tem gargalhadas, a menos que seja cozida num forno movido a gás nitroso! E é melhor nem começarmos com a Pizza da Casa ou do Chefe, já que normalmente é a Pizza mais cara com toda uma série de ingredientes de aspecto fino e caro mas que na verdade são comprados na mercearia da Dona Adelina por 70 cêntimos o quilo.

Depois de criar uma pizza com certos ingredientes e de lhe darmos um nome, é hora de a cozer. Quando finalmente está pronta, pensamos "Hum, para a próxima coloco menos tomate". Só que não colocamos: aliás, nem sequer voltamos a fazer pizza, pois acabamos por a encomendar ou por comprar o trabalho de 25 pessoas por 2 Euros a unidade no Pingo Doce.

E é este facilitismo, esta rede sufocante de serviços em que vivemos, que nos torna menos humanos e nos faz deixar de viver a vida como deve ser vivida. Por nós próprios. Fazê-lo com as nossas próprias mãos, experimentar a mudança, o novo, o desconhecido. Escrevermos o que quisermos, beijarmos quem quisermos, tudo à nossa maneira e não numa tentativa de imitação de outros. Sentir o sol atrás de um vidro, pisar uma folha ressequida no chão, ir a um funeral e cheirar o luto... são sensações para os vivos.

Quando foi a última vez que te deitaste na relva de um jardim e cheiraste a terra? Já alguma vez observaste as ondas na água de um lago formadas pela brisa? Quantas figuras já encontraste nas nuvens? Vives? De certeza? Cheira o ar à tua volta. Se sentires o aroma do luto a rodear quem te ama, então bem-vindo de volta à vida.

Ena pá, a minha última entrada foi em Agosto de 2008!


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Longe vão os tempos em que ter um blog era a coisa mais simples do mundo: bastava ter algum tempinho livre aqui e ali e a coisa ainda se actualizava com a mesma frequência com que se muda de meias. O que é certo é que 539 dias passaram desde a última vez que aqui meti um texto, e ainda por cima o último é uma revisão do mais recente filme do Batman, o que me faz pensar que nesses tempos longínquos, eu tinha tempo. Muito tempo.

Também constato que já não sou um santo no meio de pescadores, pois mudei-me para um vilarejo chamado Lisboa, e aqui faz-se tudo menos ir à pesca e arrancar olhos (não tenho a certeza em relação a esta última). Daí que esta alteração quase me obriga a mudar o título deste blog, não estivesse eu preguiçoso aqui sentado no sofá do "Fábulas".

Ora bem, o que mudou nos últimos 18 meses e 20 dias? Vou fazer uma lista Old School:
- Emigrei para Lisboa, abandonando a fofita cidade de Olhão e alguns dos meus amigos mais queridos;
- Aterrei na Estefânia e estou em vias de levantar voo na direcção do Bairro da Serafina;
- Aterrei também no curso de Tradução da Universidade Nova de Lisboa, nomeadamente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, também conhecida por F.C.S.H., espirro, ou Foda-se, Caralho, São Homossexuais;
- Aterrei num dos mais fantásticos grupos de amigos em que alguma vez estive, more on that later;
- Guardei os três trens de aterragem que aparentemente tenho e assentei na vida cosmopolita;
- Passo tardes em três sítios diferentes: Starbucks se me apetecer Capuccino, Fábulas se me apetecer Chá de Jasmim ou de Maçã e Canela, ou Browns se me apetecer ser comido com os olhos;
- Tenho vida social;
- Tenho vida social;
- Fiz uma pré-reserva do Final Fantasy XIII;
- Tenho vida social;
- Tenho Facebook e Farmville;
- Aprendi a gostar de coisas esquisitas, como pastéis de feijão verde ou sopa de ninho de andorinha;
- Desisti de tirar 8 tiras de papel higiénico para limpar o rabo: com 6 fico limpo na mesma e sou amigo do ambiente;
- Cortei ligações com pessoas que não me dizem nada (em todos os sentidos): levou tempo mas fartei;
- Já houve dramas suficientes para escrever 12 livros da Danielle Steel, ou 38 do Nicholas Sparks;
E essencialmente foi isto...

Mais tarde escreverei mais e com maior detalhe.

João Efigénia
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