Err... pois.


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Neste momento encontro-me sentado num de três assentos disponíveis na sala contígua à Associação de Estudantes da FCSH. Não houve aula de Lexicografia & Lexicologia porque a professora está doente. Assim sendo, encontro-me com 90 minutos de aborrecimento à minha frente até ir para casa.

É com pesar que informo que o meu telemóvel faleceu. O meu Sony Ericsson W910i morreu há cerca de meia-hora. A Carina diz que me empresta um que ela tem em casa que não usa até eu comprar um novo. Esse que ela me vai emprestar é... um Sony Ericsson W910i cor-de-rosa, uma cor que eu tendo a evitar, mas ou é isso ou é ficar incontactável. Por mim até podia ser amarelo às bolinhas, só não pode é ter Hello Kitties que os gatos fazem-me alergia.

E por falar em Hello Kitties, descobri que a Hello Kitty não tem boca porque a sua criadora teve uma filha que nasceu com uma deficiência igual à da gata. O que é algo fantástico porque se a criadora da Pucca tinha uma filha com papeira, a criadora da Betty Boop tiha uma filha bulímica e o criador do Ruca tinha um filho com cancro, então estamos perante um padrão.

Acho que vou mas é jogar Rollercoaster Tycoon 2 ou ver "Six Feet Under" (Sete Palmos de Terra).


Frases em Destaque:
*No elevador dos Armazéns do Chiado, após ler "Capacidade: 12 pessoas"*
- Epá, cabem aqui 12 bulímicas!
João Efigénia

*Enquanto João Efigénia destaca as vinhetas do McFlurry, Ricardo Gama diz:*
- Eish, agora ganhavas alguma cena!
*Vinheta diz: "Ganhou: Bebida Pequena"*

*João Efigénia e Xana Mouro*
- Então e quando é que fazes o test-drive?
- Quando ele me deixar!

*Em conversa sobre detergentes, Daniel Nascimento*
- Eu usava era aquele, o Omo. É bué bom!
- É, tu gostas é de Homos...

Sejamos honestos, pouca gente lê um post de blog a menos que o título seja minimamente interessante e que as force a ler o post completo


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Anchovas. Ora aí está algo que nunca provei na minha vida. Não, a sério. Nos filmes americanos, há sempre um idiota que se queixa que a pizza tem demasiadas anchovas. "Well, did you try some of it before you trashed it down the garbage bin, you non-contributing zero?" Uma pizza tem sempre mais do que anchovas: há toda uma massa que tem que ser feita, com ingredientes que têm que ser misturados numa dança intrínseca e coordenada. E mesmo esses ingredientes são produzidos por uma série de pessoas (ou no caso dos ovos, galinhas) que nunca iriam imaginar onde os seus produtos vão parar; para além da massa, há molho de tomate (de certeza que também há aí uma senhora que vende tomates e que espanta ovos estrelados de ferro voadores, como a senhora das ameixas da Compal), queijo (aqui entram as vacas), fiambre (e aqui os cav... porcos), azeitonas (tiradas das oliveiras do Farmville), cogumelos (cujos primos crescem nos cantos das casas mais húmidas), entre outros ingredientes, de acordo com o nome da pizza, claro.

E por falar em nome da pizza, há que dar o nome às criaturas! Daí que a Pizza Quatro Queijos tenha como ingrediente fundamental, bem... quatro queijos. A Pizza Del Mare tem atum ou anchovas e delícias do mar, a Pizza Bolonhesa tem carne à bolonhesa por cima... mas então e a Pizza Quatro Estações? A Pizza Primavera? A Pizza Margarita não tem álcool como o nome indica! A Funny Bacon não tem gargalhadas, a menos que seja cozida num forno movido a gás nitroso! E é melhor nem começarmos com a Pizza da Casa ou do Chefe, já que normalmente é a Pizza mais cara com toda uma série de ingredientes de aspecto fino e caro mas que na verdade são comprados na mercearia da Dona Adelina por 70 cêntimos o quilo.

Depois de criar uma pizza com certos ingredientes e de lhe darmos um nome, é hora de a cozer. Quando finalmente está pronta, pensamos "Hum, para a próxima coloco menos tomate". Só que não colocamos: aliás, nem sequer voltamos a fazer pizza, pois acabamos por a encomendar ou por comprar o trabalho de 25 pessoas por 2 Euros a unidade no Pingo Doce.

E é este facilitismo, esta rede sufocante de serviços em que vivemos, que nos torna menos humanos e nos faz deixar de viver a vida como deve ser vivida. Por nós próprios. Fazê-lo com as nossas próprias mãos, experimentar a mudança, o novo, o desconhecido. Escrevermos o que quisermos, beijarmos quem quisermos, tudo à nossa maneira e não numa tentativa de imitação de outros. Sentir o sol atrás de um vidro, pisar uma folha ressequida no chão, ir a um funeral e cheirar o luto... são sensações para os vivos.

Quando foi a última vez que te deitaste na relva de um jardim e cheiraste a terra? Já alguma vez observaste as ondas na água de um lago formadas pela brisa? Quantas figuras já encontraste nas nuvens? Vives? De certeza? Cheira o ar à tua volta. Se sentires o aroma do luto a rodear quem te ama, então bem-vindo de volta à vida.

Ena pá, a minha última entrada foi em Agosto de 2008!


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Longe vão os tempos em que ter um blog era a coisa mais simples do mundo: bastava ter algum tempinho livre aqui e ali e a coisa ainda se actualizava com a mesma frequência com que se muda de meias. O que é certo é que 539 dias passaram desde a última vez que aqui meti um texto, e ainda por cima o último é uma revisão do mais recente filme do Batman, o que me faz pensar que nesses tempos longínquos, eu tinha tempo. Muito tempo.

Também constato que já não sou um santo no meio de pescadores, pois mudei-me para um vilarejo chamado Lisboa, e aqui faz-se tudo menos ir à pesca e arrancar olhos (não tenho a certeza em relação a esta última). Daí que esta alteração quase me obriga a mudar o título deste blog, não estivesse eu preguiçoso aqui sentado no sofá do "Fábulas".

Ora bem, o que mudou nos últimos 18 meses e 20 dias? Vou fazer uma lista Old School:
- Emigrei para Lisboa, abandonando a fofita cidade de Olhão e alguns dos meus amigos mais queridos;
- Aterrei na Estefânia e estou em vias de levantar voo na direcção do Bairro da Serafina;
- Aterrei também no curso de Tradução da Universidade Nova de Lisboa, nomeadamente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, também conhecida por F.C.S.H., espirro, ou Foda-se, Caralho, São Homossexuais;
- Aterrei num dos mais fantásticos grupos de amigos em que alguma vez estive, more on that later;
- Guardei os três trens de aterragem que aparentemente tenho e assentei na vida cosmopolita;
- Passo tardes em três sítios diferentes: Starbucks se me apetecer Capuccino, Fábulas se me apetecer Chá de Jasmim ou de Maçã e Canela, ou Browns se me apetecer ser comido com os olhos;
- Tenho vida social;
- Tenho vida social;
- Fiz uma pré-reserva do Final Fantasy XIII;
- Tenho vida social;
- Tenho Facebook e Farmville;
- Aprendi a gostar de coisas esquisitas, como pastéis de feijão verde ou sopa de ninho de andorinha;
- Desisti de tirar 8 tiras de papel higiénico para limpar o rabo: com 6 fico limpo na mesma e sou amigo do ambiente;
- Cortei ligações com pessoas que não me dizem nada (em todos os sentidos): levou tempo mas fartei;
- Já houve dramas suficientes para escrever 12 livros da Danielle Steel, ou 38 do Nicholas Sparks;
E essencialmente foi isto...

Mais tarde escreverei mais e com maior detalhe.

João Efigénia
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