Crítica: "A Saga Twilight: Eclipse" [6/10]


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Ora cá estou eu de volta com mais uma review, sendo que a última que escrevi foi sobre o "Cavaleiro das Trevas". Desta vez, o filme do qual falo não é tão brilhante como a obra de Christopher Nolan.

Começo por dizer que "Eclipse" tem um nome bastante apropriado: com tanta acção e tanto momentum para um final bombástico, os restantes 90 minutos de filme tornam-se um pouco enfadonhos. Remeto também para outras críticas deste filme, que dizem, qual descoberta da pólvora, que este é o filme da saga com mais acção: é uma conclusão tão óbvia como encherem três copos com água, meterem uma pedra de gelo num deles e dizerem "Ah, este tem mais gelo".

Vou então decantar o filme em várias secções:

Elenco
Honestamente, mais do mesmo. Continuo a achar que o Billy Burke no papel de "Charlie" é o melhor actor em cena: as pausas e as caras que faz cada vez que está na presença de "Edward" são hilariantes, e note-se que é dos poucos personagens humanos.
Robert Pattinson continua frio e horrendo (a sério, apara as sobrancelhas e ficas três vezes mais sexy), e a sua representação de um vampiro com 109 anos de idade é digna de um Razzie: nunca vi ninguém com tão poucas expressões faciais como este tipo. Um dia gostava de ver se ele mantinha a expressão impávida e serena enquanto lhe metiam um saca-rolhas pelo rabo acima. Talvez desentupisse, finalmente.
Kristen Stewart tem vindo a melhorar a cada filme que passa: no primeiro filme era um Pattinson feminino, no segundo filme já está mais humana e mais expressiva (pois então, o dentuço deixa-a e ela fica deprimida durante 4 meses a usar o mesmo pijama até que chega o Lobo Mau), e neste terceiro nota-se o esforço que Stewart tem feito para calar as críticas, pois do elenco principal ela sempre foi a mais bombardeada pela falta de jeito para representar. Em "Eclipse", já não parece tão atrofiada e tão passiva, mas o argumento também não ajuda.
Noutras presenças interessantes em cena, Sarah Clarke no papel de "Renée" cativa a audiência e rouba toda a presença de Stewart na única cena que partilham, Anna Kendrick ("Jessica") continua uma personagem fascinantemente adolescente, Ashley Greene continua fantástica no difícil papel de "Alice", e sim, o Taylor Lautner é giro, já percebemos.

Argumento
A maior falha desta produção, na minha opinião. "Eclipse" é um livro difícil de adaptar, pois é bastante lento nos primeiros 80% da história, nos quais mergulha bem fundo na complexa relação entre Edward, Bella e Jacob. O filme bem tenta adaptar fielmente o material de origem, mas sai tudo com um cheiro a novela resumida que afecta bastante o seu pacing. Para além disso, o diálogo é horrendo ("Crepúsculo" tinha três vezes mais comédia e "Eclipse" tem mais 30 minutos de duração) e não se sentiu no ar tanta pressão e tanta insegurança como se faz sentir no livro. E não me venham com coisas de "é difícil adaptar esses sentimentos num filme", porque "Crepúsculo" fê-lo com bastante sucesso. Acho que a Melissa Rosenberg está a descuidar-se bastante na escrita do guião.

Música
Bem... podia ter sido melhor. Deixo-vos algo em que pensar: se uma banda sonora é má, as cenas ficam estragadas. Se uma banda sonora é boa, as cenas ficam melhores. Neste caso, achei a banda sonora quase tão sem-sal como as cenas, portanto considero-a apropriada para o filme.

Realização
Confesso que estava à espera de melhor vindo do David Slade, realizador de "30 Dias de Escuridão". Não me parece que ele estivesse muito inspirado para trabalhar com este tipo de material, logo ele que antes de ser contratado fartou-se de falar mal da saga (e depois, claro, desculpou-se com um "estratégias de marketing" que até hoje me deixa indisposto). Mas uma coisa confesso: bons ângulos de câmara. Certas cenas estão muito bem filmadas, e nota-se também o esforço dos efeitos especiais, principalmente nos lobisomens (quando estão transformados, ok?). Para além disso, não noto muita diferença para com os filmes anteriores.

Conclusão:
"Eclipse" é um filme para ver a acompanhar com pipocas, pois são 124 minutos de mortos a passear pelo ecrã perdidos de amores com mortais e cães à mistura, quase todos a fingir que sabem representar, e um pacing tão desequilibrado que nem os altos valores de produção o conseguem corrigir. Daí as pipocas: caso o filme aborreça, façam como eu, agarrem numa pipoca e procurem a silhueta de um animal. Quando a encontrarem, voltem a olhar para o filme e prometo-vos que não perderam nada de especial. Excepto o "Charlie".

2 Response to "Crítica: "A Saga Twilight: Eclipse" [6/10]"

  1. Bem... O que dizer sobre esta crítica sem ser que ADOREI ler isto.

    Expressaste exactamente o que eu estava a sentir durante o filme...

    Quer dizer... U know what I mean!

    conclusão da tua conclusão: tanto o filme como toda a saga são do piorzinho que já se fez em cinema... horrivel! ahah

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